Eu nunca tinha dado atenção para A Maldição do Tigre. Ia em livrarias, mas o livro passava despercebido e eu nem pegava, mas quando eu estava vendo a lista de trocas no Skoob, dei de cara com esse livro por 1 crédito e resolvi tentar a sorte. E graças a Deus o me julgamento pelas capas de livros ainda continua afiado e não podia ter escolhido um melhor.

Kelsey está órfã de pais e vive atualmente com sua família adotiva, que são seus tios. Ela está a procura de um trabalho temporário e consegue um como ajudante no circo. Seu trabalho é varrer, vender ingressos e até cuidar do tigre branco que é a atração principal do espetáculo. Ela começa a se sentir bem com o seu ambiente de trabalho e as pessoas que estão com ela, mas quem ela decide tornar seu melhor amigo, é na verdade, o majestoso tigre. Kells e ele parecem ter uma ligação e isso só aumenta após suas escapadas para a jaula à noite, onde lê histórias e poemas para ele, além de ter altos monólogos com o felino que é uma graça e parece ouvi-la de algum jeito.

Eis então que o dono do circo recebe uma proposta de vender o tigre. Quando o domador não pode ir, o chefe de Kelsey sugere que ela própria acompanhe o comprador misterioso e vá para a Índia, que é aonde o tigre branco, que ela apelidou de Ren, vai viver em um habitat e ser finalmente livre. Diante dessa proposta irrecusável, a garota de Oregon aceita e viaja para um lugar totalmente diferente, mas não é isso que a surpreende mais. A grande surpresa vem com o fato de que, o tigre branco que ela conversou durante duas semanas, é na verdade um homem, um príncipe indiano que há muito tempo atrás foi amaldiçoado para ficar na pele de animal e que Kelsey é uma ferramenta crucial para a quebra da maldição.

Quando comecei a ler o livro, achei que ele seria tipo "Água para Elefantes", com todo aquele ambiente de circo e tudo mais, além de que a principal se envolve emocionalmente com um animal de lá, mas logo isso muda, porque Kelsey vai parar na Índia em poucos capítulos e eu adorei isso. A escrita de Collen é rápida. Ela descreve bem, cria cenas contagiantes (principalmente as que envolvem Ren humano, oh céus!), mas ela realmente escreve rápido, não enrola com os capítulos e eu amei, porque estava tendo uma sessão de livros ultra descritivos e cansativos, que, por mais que eu goste de ler, as vezes é melhor uma coisa mais dinâmica assim. Outra coisa sensacional é que a autora vai muito além do que vimos em Caminho das Índias, sabe? Ela explora a cultura indiana de forma mais profunda, indo pra mitologia e coisas pequenas que são muito interessantes.

Os personagens são muito legais. O Sr. Kadan é um amor e uma enciclopédia humana; ele sempre sabe de tudo, mas eu não senti como se estivesse lendo apenas uma explicação ao leitor sobre aquele mundo diferente, sabe? É só porque o Sr. Kadan é desse jeito sabichão e faz parte dele, além de tirar nossas dúvidas. A Kelsey não tem medo de aventura, não tem medo do novo, mas só tem medo do amor. Pelo fato de ter perdidos os pais, pessoas que mais ama na vida, Kells tem problema em se entregar para Ren, mas até nisso a autora conseguiu escrever de forma muito legal. Ela não fica simplesmente choramingando pelo canto, tipo uma morta por não poder se relacionar profundamente com o seu amor e blábláblá, muito pelo contrário e isso foi ótimo. O Ren é um personagem masculino que eu estava com saudade de ler. Ele é um homem, não um moleque chatinho, então as atitudes dele são encantadoras, além do fato de ele ter sido criado para ser um príncipe, então já viu, né?

Eu amei a série e o meu tigrão - sou dessas, haha - me seduziu completamente. Meta de leitura é pegar o segundo volume e engoli-lo, pois tenho certeza de que vou adorar a série.

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